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A carne não era fraca. A carne era podre, fede muito, e Concórdia morreu de pena dos bandidos

friboi podreQuando a Polícia Federal deflagrou a Operação Carne Fraca, em março deste ano, uma legião de articulistas de facebook caiu em cima da instituição, alegando distorção dos fatos e abuso de poder. Sobrou, inclusive, para a imprensa séria, tachada de irresponsável e sensacionalista. Entre os crimes que estariam sendo cometidos e que repercutiram em todo o país e também internacionalmente, estavam a adulteração dos produtos produzidos e comercializados pelas indústrias e a compra de fiscais do Ministério da Agropecuária para fazer vistas grossas a procedimentos inadequados e inescrupulosos, tanto no âmbito da sanidade quanto de vantagens financeiras.
Pois bem. O escândalo que vem à tona agora, envolvendo a JBS, dona da Friboi e maior produtora de proteína animal do mundo, comprova não só que a carne era fraca e adulterada, mas algo muito maior e mais grave que isso. A carne era podre, extremamente putrefata e possivelmente responsável pela mortandade de milhares de brasileiros, que precisam de educação, saúde e segurança por este país afora.
Explico: na medida em que os irmãos Batista (Wesley e Joesley) molhavam a mão de uma legião de corruptos, desembolsando milhões de reais para obterem vantagens para seus negócios espúrios, uma quantia dez ou vinte vezes maior, que deveria entrar para os cofres públicos, deixava de ser aplicada em serviços básicos ao cidadão.
Pelo que veio a público até agora, a JBS doou cerca de R$ 400 milhões para a campanha eleitoral de 2014 (sendo que o maior volume de recursos foi para o PT e a campanha à reeleição de Dilma Roussef), em dinheiro obtido do BNDES, ou seja, resultante do suor do trabalhador brasileiro – o mesmo trabalhador agora acusado de quebrar a Previdência Social.
Também foi divulgado que os donos da Friboi pagaram, até agora, cerca de R$ 5 milhões a Eduardo Cunha, por intervir na aprovação de medidas favoráveis às agroindústrias e que dizem respeito à desoneração tributária do setor de frangos. O ex-deputado, que está preso, tem ainda R$ 20 milhões por receber a título de seus “favorzinhos”, segundo o próprio Joesley Batista. Outros R$ 2 milhões foram para o senador Aécio Neves. O operador Lúcio Funaro e sua irmã também levaram uma bolada estimada em R$ 3 milhões, por conta de benefícios envolvendo projetos relativos ao FGTS, e que livraram a JBS do pagamento de tributos na ordem de R$ 1 bilhão.
Quanto ao presidente Temer, pelo que se deduziu até aqui, este receberia, pelos próximos 20 anos, uma mesada, ou melhor, uma SEMANADA na ordem de R$ 500 mil, o equivalente a R$ 480 milhões nas próximas duas décadas, para beneficiar a JBS (em detrimento da Petrobras) na compra de gás utilizado em uma termelétrica. Pode parecer muito dinheiro, mas, com a negociata, o grupo, cujo faturamento anual está estipulado hoje em R$ 170 bilhões, economizaria cerca de R$ 1 milhão por dia.
Apesar de tudo isso, de toda essa podridão, que, em volume de recursos assemelha-se ao grande esquema da Odebrecht, os novos “heróis” do Brasil, escolhidos para coordenar uma manobra premeditada pela Procuradoria Geral da República, com a finalidade de obter provas contra Temer e o senador Aécio Neves (obviamente, corruptos), os, na verdade, BANDIDOS WESLEY E JOESLEY devolverão aos cofres públicos, pelo menos por enquanto, a bagatela de R$ 225 milhões e ficarão livres, leves e soltos, sem precisar sequer usar tornozeleira eletrônica e com liberdade para ir e vir e continuar corrompendo.
Esses são os caras que muita gente, inclusive na nossa CONCÓRDIA, ficou com peninha quando da Operação Carne Fraca. Se investigar a fundo, tem outros grupos envolvidos na maracutaia também. Ou você acha que a desoneração tributária do setor de frangos, para ficar apenas num exemplo, beneficiou apenas a JBS?

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