ALEX PACHECO |
POR ALEX PACHECO – JORNALISTA – A implantação do sistema de descentralização por parte do ex-governador Luiz Henrique da Silveira tinha um propósito visionário de levar o Estado para o interior. Ainda continuo defendendo que é preciso descentralizar, atender as cidades do interior e, sobretudo, os municípios mais afastados da capital.
Antes a concentração, principalmente de recursos era exclusivamente em Florianópolis. A descentralização trouxe para a região muitos investimentos que foram determinantes para o desenvolvimento. Nos últimos anos os maiores investimentos vieram devido a descentralização.
Na região foram obras de pavimentação como o acesso de Presidente Kennedy, SC-355, revitalização do Contorno Norte, novo acesso pelo Contorno Norte até a BR-153, pavimentação de Jaborá a Ouro e a obra do Contorno Viário em Seara.
Lembro ainda dos acessos pavimentados aos municípios como Alto Bela Vista, Paial e Arvoredo. O próprio centro de eventos em Concórdia foi construído após o processo de descentralização.
Não estou defendendo as Regionais, muito menos o formato de descentralização mantida pelo governo. O processo implantado pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira “terminou” por falta de atualização e modernização.
As regionais se desgastaram e foram rotuladas como cabides de emprego. Nem as mudanças de governo e o desgaste natural do processo fizeram com que medidas fossem implementadas. Nesse sentido, os partidos políticos iniciaram uma disputa institucional para indicações tornando de fato as ADRs na visão de muitos desnecessária.
O novo governo que assume a partir de janeiro terá um difícil papel de equilibrar as contas públicas, mas também manter os investimentos em Santa Catarina. O Governo do Estado precisa permanecer próximo da população e vendo o interior de Santa Catarina como um celeiro agrícola e responsável por grande parte do movimento econômico.