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OPINIÃO: A greve dos caminhoneiros foi até onde tinha que ir. A partir de agora é baderna

LEANDRO RAMIRES
Jornalista e Doutor na área da comunicação; professor da Unipampa.
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Comentário feito pelo jornalismo LEANDRO RAMIRES – Obviamente que o incompetente governo Temer demorou para entender a gravidade da situação e agir em busca de uma saída. Mas finalmente fez o que era possível. Mais, devido à situação caótica do país, não tem como. Pelo menos neste momento.
Os caminhoneiros fizeram conquistas importantes. Se continuarem a greve, é porque outros interesses, alheios à motivação inicial, estão em jogo. Entre eles a derrubada do governo e a estapafúrdia intervenção militar.
Derrubar o governo neste momento, pré-eleitoral, e gerar uma crise institucional no país, é burrice. Quanto à intervenção militar, acordem, senhores. No século XXI não há mais ambiente pra isso. Pelo menos em país que se preze. A não ser que queiramos seguir o modelo de uma Venezuela, uma Cuba ou uma republiqueta africana. Além do mais, convenham comigo, militar hoje em dia, assim como milhares de privilegiados do executivo, legislativo e judiciário, só querem mordomia, salário muito acima do valor de mercado, previdência intocável e gordas pensões para mulheres e filhas. Achar que regime militar é a solução é não entender nada de política e economia na nova ordem global.
O Brasil, infelizmente, vai ter que aguentar até as eleições e a posse do novo presidente. E aí sim estará na hora de todos sermos responsáveis e entendermos que algumas reformas são inevitáveis. Gostemos ou não. Além da máquina pública, que tem que ser enxugada ao máximo, de modo a amenizar os impostos que hoje, entre outros fatores, encarecem os combustíveis. A culpa do preço alto é também da roubalheira política, mas nem de longe é da política de preços da Petrobras.
Por isso mesmo, a greve tem que acabar. Continuá-la, só vai fazer por agravar a situação e, aí sim, com dólar ainda mais em alto em razão da derrocada e queda de confiança na nossa economia, será mesmo impossível qualquer desconto nos combustíveis.
Se os caminhoneiros não entenderam por bem, vai ter que ser por mal. E os empresários do setor de transporte que sosseguem o facho e deixem seus interesses um pouco de lado e olhem, também eles, um pouco mais para o Brasil. Brasil, aliás, que não pode ficar nessa dependência total do transporte terrestre, enquanto ferrovias e hidrovias são desprezadas. Ao próximo presidente, aliás, cabe olhar para estas possibilidades, fazendo o que não tivemos coragem desde o governo Kubitschek.
Falando em próximo presidente, esta sim é a preocupação. Até agora, para dizer a verdade, não vi proposta econômica satisfatória de ninguém. Só pregar moralidade em país falido não funciona. Assim como também não funciona mais paternalismo e demagogia eleitoreira que cobram uma conta muito mais alta depois. E que é exatamente o que estamos sofrendo agora.
O que o Brasil pede é responsabilidade. E o próximo presidente terá que ser espremido ao máximo para que dê os resultados esperados. Quanto ao Temer, melhor esquecê-lo agora e pô-lo na cadeia depois do mandato. Assim como queremos com os Aécios e todos os corruptos que ajudaram a quebrar o Brasil.
Coragem e responsabilidade. Que saibamos encontrar a sabedoria necessária par fazer valer nosso voto e buscarmos um novo Brasil. Este, dos Lulas, Dilmas e Temeres (e dos Aécios e adjacentes) não têm mais conserto. É só rezar para acabar logo.

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