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Bolsonaro, o imbatível, agora pode perder até para um “sapo” ou "cachorro"

O Bolsonaro fala muita bobagem. O Ciro também. No quesito língua solta, os dois se completam. O cearense, por exemplo, disse neste fim de semana que no Sul é muito forte o “discurso nazista”. Para Ciro, quem vota na direita é nazista. Haddad e Manuela também pensam assim, mas eles não dizem diretamente. Por isso, talvez, estejam virando o jogo e tirando de vez o candidato do PDT da disputa de segundo turno.
Como eu disse em coluna anterior, Ciro teria, e ainda tem, melhores condições de derrotar Bolsonaro depois. Mas, Haddad, que antes não era ninguém e, segundo as projeções, arrancava, de saída, no máximo um empate, agora também já vence o candidato do PSL. Sem tempo de televisão e sem condições de se defender dos ataques dos adversários, que começaram a jogar pesado na campanha, Bolsonaro estacionou de vez, e Haddad sobe feito um foguete, roubando os votos dos adversários que pregam uma terceira via, livre dos arroubos bolsonaristas e das maracutaias lulistas.
Pra quem não acredita nem no fake Haddad nem no salvador Bolsonaro, a eleição está terminando. Ciro e Alckmin já eram. Marina nem se fala. Tudo indica que agora é esperar o segundo turno chegar e depois jogar cara ou coroa. Seja o que Deus quiser e o Brasil que se salve, ou que se tchave.
Sem condições de reagir no primeiro turno, Bolsonaro vai queimar o gás que ainda tem esperando 7 de outubro chegar. A não ser que um fato novo aconteça, vai levar a campanha até lá na casa dos 30%. Haddad, por sua vez, que já passou a barreira dos 20%, vai encostar no adversário. Como eu mesmo pude presenciar no Norte do país, e também é fato no Nordeste, principalmente entre o eleitorado mais pobre, quem não acredita em Bolsonaro vai votar no candidato do Lula, não importa se Lula está preso por ter roubado o Brasil. Lula é o Lula, como diagnosticou a Folha de São Paulo, e transfere votos com a maior facilidade. Alguns eleitores do Nordeste chegaram a dizer que votariam até num “sapo” ou “cachorro”, se Lula mandasse. Veja o nível desta eleição, e depois querem falar do Tiririca.
Depois do dia 7 é que são elas. Ao contrário do que acontece no primeiro turno, o tempo de mídia, no segundo, é igual para os dois candidatos. E é aí que Bolsonaro, já descontruído pelos adversários, tentará desmantelar a imagem de Haddad, resgatando todas as mazelas dos governos petistas. Mensalão, Petrolão e as relações com o Chavismo venezuelano serão fichinha perto do que vem por aí. Bolsonaro, esqueçam, não vai melhorar sua imagem. E Haddad, muito provavelmente, vai sair desfigurado da eleição. Mas um dos dois vai governar, ou pelo menos começar a governar, o Brasil. Depois, só Deus sabe se o país e o povo aguentarão o baque.
Bolsonaro, que deve deixar o hospital até o fim de semana, vai depender de muito apoio, inclusive financeiro, para conduzir sua campanha no segundo turno. Para o PT, dinheiro não é problema. Ou você acha que Lava-Jato confiscou tudo o que foi desviado e está devidamente guardado para ocasiões como esta? O PT, agora, só está preocupado com os apoios dos “adversários”. Ciro não será problema. Já anda chamando Haddad de “meu grande amigo” e vai ganhar uma boquinha bem generosa no governo. Alckmin, por sua vez, foi uma decepção, está tendo um desempenho pífio, e já anda, inclusive, acenando para os lados do PT. Marina não fede nem cheira, mas é esquerda de origem. E os nanicos vão se dividir. No saldo, o PT ganha.
Pena a eleição ser disputada na urna, e no voto eletrônico. Fosse na bala, Bolsonaro teria mais chances.

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