Ao vivo Rádio Atual FM
16.6 C
Concórdia

E agora PT? As consequências do gesto islâmico de Palocci contra a própria companheirada

palocci e lulaDizer que o PT, mais que assustado, está apavorado, é puro lugar-comum, uma tremenda obviedade. Ainda mais depois do gesto islâmico praticado pelo ex-ministro Palocci contra a própria companheirada.
Melhor escrever sobre o que levou Palocci a tocar fogo no barraco e queimar vivo todos os que com ele compartilharam das benesses de quase duas décadas de poder.
Ao ouvir o depoimento do ex-ministro, amicíssimo de Lula até então e uma das figuras mais respeitadas pela cúpula petista, fiquei só imaginando o que os camaradas deveriam estar pensando enquanto a língua do homem cortava sem dó nem piedade: “só um sujeito muito fdp mesmo para entregar todo mundo dessa forma…”
Não me venham com essa de que Palocci foi pressionado, tremendamente acuado e praticamente obrigado a fazer tal delação. Não, o tempo da ditadura ficou pra trás, e muito. Já faz mais de trinta anos que não se ouve falar de pau-de-arara nem de macaquinha nos presídios brasileiros. E, ainda que estressado por conta de quase um ano de confinamento, a verdade é que Palocci não tinha lá uma vida tão desgraçada assim. Era mais um presidiário desses com diploma superior e tudo que lhe cabia, caso tivesse um mínimo de dignidade para com seus amigos, era cumprir quieto sua pena e ponto final.
Mas não. O que se viu foi Palocci abrindo o bico e abrindo muito além da conta. E isso foi o que mais me causou estranheza em seu depoimento. Não só a ânsia por contar tudo era tamanha, como o homem, a cada resposta, discorria muito além da pergunta.
Em qualquer inquérito ou depoimento, como é comum, costuma o sujeito falar só o essencial, o suficiente. Convenhamos, claro, que no presente caso há o prêmio da delação, o benefício a que Palocci terá direito por revelar tudo e entregar todos. Mas, na sua revelação ao juiz Moro, o ex-ministro pareceu não só sedento por ganhar o perdão como também a querer levar todos os prêmios que o Ministério Público possa lhe oferecer, tanto que chegou a exagerar inclusive na formulação de expressões como “pacto de sangue” (entre Lula e Emílio Odebrecht), entre outras.
Quem conhece Palocci a fundo, embora também tenha se surpreendido com tamanha verborragia, diz que o ex-ministro, no íntimo, sempre foi assim mesmo: cartesiano e pragmático. Ou seja, mede com régua curta o que pode ou não lhe favorecer, e o resto que se dane. Mas, em seu depoimento, mais que isso, parece ter pesado também uma grande mágoa e exagerada dose de vingança por algum motivo ainda desconhecido. O que se viu foi um Palocci que não estava nem aí para o que vão pensar dele a partir desse episódio ou os inimigos que está criando.
O fato é que, depois de Palocci, a sentença foi dada. Não cabe ao PT, agora, senão uma pá de cal. Sem direito sequer a enterro digno. As revelações são fortes em demasia. E ficou muito difícil para os citados tentar desmentir o que pareceu, embora numa linguagem desmedida, um depoimento muito natural e digno de quem participou conjuntamente e conhece a coisa a fundo.
E a coisa é monstruosa. Os crimes são bárbaros. E a pena tem que ser dura. Doa a quem doer!

Participe da comunidade no Whatsapp da Atual FM e receba as principais notícias do Oeste Catarinense na palma da sua mão.

*Ao entrar você está ciente e de acordo com todos os termos de uso e privacidade do WhatsApp

Notícias Relacionadas

Em Alta