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Haddad é um candidato fake. Só Ciro Gomes pode derrotar Bolsonaro no segundo turno

Fernando Haddad não é tudo isso e Ciro Gomes não está morto. É o que mostra o Instituto Datafolha em sua mais recente pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (20/09). Ao contrário do que apontou o Ibope um dia antes, Haddad está tecnicamente empatado com Ciro no primeiro turno (16% x 13%) e não disparado e isolado com oito pontos na frente.
Unânimes no apontamento da vantagem de Jair Bolsonaro, que tem 28% nas duas pesquisas, os institutos têm divergido bastante nos números do segundo colocado. E o prejudicado tem sido o candidato do PDT, que já vem contestando os resultados, visto a vantagem de Haddad ter sido muito expressiva em tão pouco tempo, de acordo com o Ibope. Ciro reclama e talvez esteja certo, sobretudo se levando em consideração o número diferente de entrevistados entre os dias 16 e 19 de setembro. Enquanto o Datafolha ouviu 8.601 eleitores em 323 municípios, o Ibope pesquisou apenas 2.506 eleitores em 177, ou seja, praticamente a metade dos municípios.
Outro fator curioso das pesquisas é a vantagem de Ciro Gomes nas simulações de segundo turno. O candidato do PDT é disparado o melhor colocado, vencendo todos os seus adversários e gozando de uma vantagem de 6 pontos, inclusive, contra o temido Jair Bolsonaro. Enquanto isso, Haddad arranca, quando muito, um empate com o candidato do PSL.
Os petistas podem até discordar, mas Haddad é mais frágil que Ciro. Se está até bem na disputa de primeira turno, por causa do apadrinhamento de Lula, o candidato petista tende a apanhar feio no horário e no debate eleitoral do segundo turno, quando a campanha de Bolsonaro, certamente, não vai poupar nas críticas à corrupção deflagrada e permitida pelo PT ao longo dos governos Lula e Dilma. Isso, além do fato de Haddad ser um candidato praticamente “fake”, uma espécie de tapa buraco por conta da impugnação de Lula e que só foi liberado para concorrer no último minuto. Ou seja, nem o próprio PT acredita muito em Haddad, e o que se comenta entre os adversários é que ele seria uma espécie de marionete no governo.
E é sobretudo aí que reside a vantagem de Ciro Gomes. Além de ter apresentado até agora propostas, principalmente econômicas, mais sólidas e claras para o Brasil, o candidato do PDT demonstra ter mais conhecimento, mais convicção e firmeza para enfrentar os debates. E, no caso de Ciro, o argumento dos adversários terá que ser na base das propostas, porque não poderão vinculá-lo aos escândalos do Mensalão e do Petrolão, que tanto mancharam a imagem do PT.
Resumindo, Ciro tem um histórico mais isento para enfrentar Bolsonaro, que, passado o período de recuperação da facada que recebeu, promete vir com tudo. Se até aqui, o debate parece morno, o que se acredita é numa batalha de sair faíscas no segundo turno.

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