O lamento da ditadura, o discurso do Bolsonaro e o futuro do Brasil

Na minha juventude, li todos estes livros e muito mais do mesmo gênero. Guardo todos em minha biblioteca. Estudei tudo sobre a ditadura e sei a história em todos os seus detalhes. Era uma época em que o Brasil recém havia reconquistado a democracia e a temática despertava muito interesse.
Quando ingressei na universidade federal, já na presente década, o que mais me espantou foi que, de cada dez seminários que eram desenvolvidos, oito em média ou falavam de gênero e sexualidade ou do golpe de 64 (depois incrementado com o golpe da Dilma).
Digo espantou, porque ninguém quase falava de desenvolvimento regional, empreendedorismo, projetos e soluções para gerar emprego e renda para a região e assim reduzir os índices de pobreza. Estas, aliás, foram as razões maiores pelas quais a Universidade em que trabalho foi criada e são as finalidades principais a constar em seu Projeto de Desenvolvimento Institucional.
Ontem, como muitos brasileiros, assisti à entrevista do presidenciável Jair Bolsonaro no programa Roda Viva da TV Cultura. Tenho muitas dúvidas e restrições ainda ao candidato, mas, além de sua autenticidade e franqueza, ele está correto quando diz que está na hora de o Brasil pensar pra frente e parar de lamentar e lamuriar o passado. Chega desse vitimismo e discurso perseguitório que só nos torna um país fraco e de perpétuos chorões.
O que precisamos é de uma Nação forte, que olhe pra frente, que trabalhe em prol do desenvolvimento econômico e social e que resolva suas mazelas pelo trabalho, emprego, inovação, empreendedorismo, geração e distribuição de renda.
Se o Bolsonaro vai conseguir isto, eu confesso que não sei. Mas que não será pelo discurso do coitadismo e nem pelo eterno choro dos que se julgam injustiçados, disto eu tenho certeza.