Que tipo de coelho vai sair do mato de janot?

Ainda não sei que tipo de coelho vai sair do mato de Janot. Acho que nem o próprio Janot sabe. Nessas horas, deve ainda estar pesando as consequências de sua operação desastrosa em favor dos falastrões da JBS.
Não me venha o procurador geral com seu papo mole dizer que ninguém neste país está acima da lei. Sim, porque os irmãos Batista e seus comparsas estavam. E muito. Não fossem as gravações descuidadas dos atabalhoados virem à tona agora, Joesley e sua camarilha estariam nestas horas desfrutando ainda das beneses navaiorquinas e se achando os paladinos da moralidade, apesar de todos os crimes que haviam cometido.
Janot, volto a dizer, errou feio. Foi um amador, um precipitado, um deslumbrado e engambelado pelo que há de mais torpe na maracutaia que se abate sobre a Nação. Mas, como ainda se trata do procurador geral, todo mundo, com o aval da Rede Globo, trata de acorbetá-lo e minimizar o impacto de sua imbecilidade.
Ora, garantir imunidade e perdão a falastrões do naipe dos donos da Friboi só pode mesmo ser coisa de imbecil ou de alguém que, no fundo, tinha muito a ganhar com isso. Janot, por um momento, achou-se o homem mais poderoso da Nação e sonhava com o estrelato. Até que tropeceu, e agora anda trôpego pelos salões da Procuradoria, tentando consertar o inconsertável.
Ainda que relevado pelos puxa-sacos, o procurado está na mira da Nação e dos próprios companheiros da Justiça. Seu grand-finale vai depender, e muito, do destino que vier a dar, agora, aos bandidos da JBS. Não se espera outra coisa senão a anulação completa das benesses dadas aos Batistas e seus comparsas e o encaminhamento certeiro dessa trupe para trás das grades. Caso isso não ocorra, é porque Janot também tem culpa no cartório, ajudou a construir o acordo porco que se viu e só não toma uma decisão dura porque tem medo das consequências advindas da língua afiada dos empresários abestalhados.
O Brasil exige e merece uma resposta.