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Suposto cartel envolvendo a compra de resíduos animais faz Gaeco realizar busca em Concórdia

Concórdia – Uma empresa com atividades em Concórdia está entre as investigadas por suposta formação de cartel na compra de resíduos de origem animal. A ação é da Promotoria de Justiça Especializada Criminal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo as informações, o caso envolve várias empresas, uma delas multinacional, com atuação no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Uma empresa de Concórdia estaria envolvida na investigação.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em empresas e residências das cidades de Cruzeiro do Sul, Marau, Vila Maria, Putinga, Nova Bréscia, São José do Hortêncio, Novo Hamburgo, Canoas e Parobé, todas no RS, além de Concórdia (SC) e Curitiba (PR). Os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do RS e do Paraná apoiaram as buscas.
Conforme as investigações, iniciadas em 2015, a multinacional Faros Indústria de Farinha de Ossos (de Cruzeiro do Sul), em conjunto com a Sebo Mariense Ltda (em Vila Maria), a Frigorífico Cason (Putinga), Agro Industrial Nova Bréscia (Nova Bréscia), Curtume Sulino (São José do Hortêncio), Sefar Indústria e Comércio de Farinha e Sebo Ltda (Parobé), constituíram um suposto cartel para a compra de resíduos animais de frigoríficos.
Inicialmente, o pagamento era de R$ 0,10 ao quilo de ossos e sebo (de aves, suínos e bovinos), para a posterior venda de farinha de osso e farinha de carne para ração animal, óleos para a indústria biodiesel, e sebo ou similares para fábricas que trabalham com produtos de higiene como, por exemplo, detergente e sabão. Por serem resíduos especiais, esses insumos precisam de descarte diferenciado, regido pela legislação ambiental. Assim, a venda se torna vantajosa e representa até 30% do faturamento dos frigoríficos.
Em 2014, um grupo de frigoríficos resolveu entrar nesse mercado. O suposto cartel, então, ampliou o valor de compra para R$ 0,50 a partir da fidelização dos clientes, inclusive realizando pagamentos antecipados de até três anos de produção. A expectativa era de que, se essa empresa não fizesse concorrência, os preços pagos voltariam ao patamar de R$ 0,10 ou menos.
As investigações detectaram que sete pessoas do suposto cartel se reuniam periodicamente para determinar as estratégias a serem adotadas pelas empresas como grupo. Por se tratar de commodities, o crime era praticado na compra dos insumos, e não na venda, que tem preço fixado pelo mercado internacional. Em Concórdia, foram recolhidos documentos e computadores.
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