Saudades – A Polícia Civil apresentou na manhã desta sexta-feira, dia 14, novas informações a respeito do massacre registrado no município de Saudades. Durante a entrevista coletiva, realizada na Delegacia de Polícia Civil de Chapecó, os policiais que participaram das investigações prestaram maiores detalhes do inquérito.
Durante a coletiva, o delegado Jerônimo Marçal Ferreira, responsável pelas investigações, ressaltou que o jovem agiu consciente do que fez. Há vários meses ele vinha planejando o crime e agiu sozinho no crime. Segundo o delegado não há qualquer indício da participação de outras pessoas no crime.
Com relação a investigação, o delegado disse que os elementos recolhidos no trabalho da Polícia apontam que o jovem era uma pessoa isolada. Ele tinha dificuldade de relacionamento e era extremamente fechado. A Polícia aponta que o jovem entrou num mundo em que houve contato com muito material violento, com pessoas que tinham o mesmo pensamento que o dele.
A intenção do jovem, num primeiro momento, era atacar pessoas que em algum momento tiveram relação com ele, seja na escola, seja na sociedade. Para isso, por várias vezes ele tentou comprar armas, mas como não conseguiu, adquiriu as armas e descontou a raiva em pessoas inocentes, que jamais tiveram contato com ele. Ele deixou claro que atacou a escola pela fragilidade e facilidade de cometer o crime.
O delegado destacou também que o jovem disse estar arrependido, mas não convenceu a polícia civil. As armas chegaram cinco dias antes de ele cometer o crime e a família chegou a ver as armas, mas não entenderam exatamente o que era. A partir do momento em que as armas chegaram, o jovem definiu que atacaria a escola infantil Pró-Infância Aquarela.
Durante as investigações, a Polícia Civil de Santa Catarina também contou com apoio da Polícia Americana, que colaborou com informações importantes no sentido de entender a dinâmica do crime.