Vítor Kley (23), com o seu pop praiano invadiu as listas das músicas mais tocadas, dominadas por sertanejos e funkeiros.
“Sou eclético, gosto de vários gêneros musicais. Fico feliz que uma música no estilo voz e violão conquiste esse espaço. Eu fazia cerca de quatro shows por mês. Quando ‘O sol’ começou a tocar, esse número passou para 15. Tem dias que faço dois seguidos, em festas de final de tarde e apresentações noturnas”, afirma o artista, que viu sua carreira ganhar uma nova dimensão no final de 2017.
Nascido em Porto Alegre e criado em Balneário Camboriú (SC), Vitor começou a tocar ainda adolescente, incentivado pela mãe, Janice. Aos 10 anos, fez sua primeira composição: “É bem melhor”.
“Eu tinha perdido minha avó materna, Haide, e vendo meu pai chateado comecei a fazer a letra”, recorda.
Depois de terminar o Ensino Médio, Vitor passou a acompanhar o cantor Armandinho (do hit “Desenho de Deus”) em shows.
“Fui para a estrada com ele e acabou não sobrando tempo para a faculdade”, situa: “Mas aprendi muito com ele, que foi um grande padrinho”.
Ao longo da década, Vitor foi conquistando um público fiel.
“Tem gente que me acompanha desde o começo, e eu conheço pelo nome. Já me peguei pensando: ‘seria legal namorar uma fã’. Elas me conhecem bem, sabem do que eu gosto. Quem sabe não daria certo?”.
O cantor mora atualmente em São Paulo. Bruno, o irmão mais velho, é quem cuida de sua carreira.
“É meu anjo da guarda, meu paizão. Todo mundo fica admirado com a nossa amizade. Nesse meio, sempre tem uma galera mal-intencionada. Ter alguém tão próximo me empresariando me deixa mais tranquilo para pensar em outras coisas”, diz ele.
Uma dessas outras coisas é pegar onda. Sempre que tem um tempinho, Vitor desce até o litoral para surfar.
“Está ficando um pouco difícil, mas tento não deixar de lado. O surfe me ajuda a me conectar com a parte espiritual”, revela ele, que encontrou nesse estilo de vida a inspiração para seu atual hit: “Tenho várias composições novas, mas essa música ainda vai me dar mais alegrias”.