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Dermatite Atópica – Causa, sintomas e tratamento

A dermatite atópica é uma condição que deixa a pele seca e inflamada e geralmente aparece nos primeiros anos de vida da criança. Com a chegada do isolamento social e as famílias passando mais tempo em casa, os quadros da doença podem se agravar, indo além do físico. O estresse por ficar muito tempo em casa por conta da pandemia, a ausência da interação social e até a tensão de presenciar discussões em casa – tudo isso pode afetar a criança e se manifestar pela pele.
O que é dermatite atópica?
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a condição é considerada uma doença crônica e não contagiosa, que deixa a pele seca e inflamada. Como principal sintoma, é possível notar a coceira. A dermatite atópica geralmente aparece nos primeiros anos de vida da criança, e com maior frequência naquelas que os pais possuem asma, rinite, ou a própria doença. Também é comum que a própria criança com dermatite atópica tenha outras doenças alérgicas.

Quais são as causas?
As reais causas da D.A. envolvem herança genética, alterações estruturais e funcionais da pele e do sistema imunológico, além de fatores ambientais e psicológicos. Já os fatores que levam às crises incluem sudorese, tempo seco e frio, excesso de estresse e ansiedade, e agentes irritantes de produtos de limpeza, como sabonetes perfumados ou amaciantes de roupas.
Na maioria dos casos, a criança apresenta coceira na pele.
Existem outros sintomas ligados à doença?
A coceira é o sintoma mais frequente na dermatite atópica e geralmente é mais intenso à noite e durante períodos de estresse. Pode ocorrer também o aumento da irritabilidade. O controle da coceira é muito importante. Os pais devem evitar os fatores desencadeantes e evitar passar mais ansiedade para seus filhos, pois isso pode piorar o sintoma da coceira.
As principais queixas acontecem apenas na infância, ou é possível desenvolver o problema na fase adulta?
Na maioria dos casos, os primeiros sinais e sintomas da dermatite atópica aparecem no primeiro ano de vida. Em alguns casos, a dermatite atópica pode aparecer mais tardiamente, mas não é o mais comum.

Como a dermatite atópica pode afetar a autoestima da criança?
A dermatite atópica é uma doença dermatológica e que portanto fica muito fácil para as pessoas notarem uma pele diferente, ressecada, descamando, avermelhada e muitas vezes com lesões. Essas observações geram reações diferentes entre as pessoas, que geralmente não conhecem a doença e podem sentir medo de que seja contagiosa e aversão pela aparência. O resultado dessas reações para a criança pode fazê-la se recusar a ter contatos sociais, para se preservar de olhares críticos, comentários e perguntas frequentes desagradáveis. Por fim, emocionalmente essa criança em suas vivências sentirá que não é bem vista e bem quista, suscitando uma baixa autoestima. Porém com um suporte emocional adequado, essa criança poderá superar as interferências do meio social e melhorar a sua autoestima.
Fatores emocionais e psicológicos podem piorar os quadros da doença?
Sim, as emoções podem trazer repercussões na pele. Quando algumas pessoas sentem vergonha, o rubor pode aparecer no rosto, uma emoção pode fazer a pele arrepiar. Isso tudo acontece porque o sistema nervoso está diretamente conectado à pele que reveste todo o organismo, desde o período embrionário. Sendo assim, a pele pode refletir as nossas emoções. Se uma criança está passando por um período conflitivo, que gere muitas preocupações, tristeza e/ou ansiedades, uma nova crise de D.A. pode ser desencadeada pelas emoções.
A dermatite atópica tem cura ou é necessário um cuidado específico ao longo da vida?
Existe uma expectativa muito grande com relação à cura da doença e isso é compreensível. Mais do que buscar a cura a todo custo, que muitas vezes pode levar a tratamentos não adequados, o importante é controle da doença a longo prazo, através do uso de medicação correta e das medidas de prevenção, como evitar os fatores desencadeantes e hidratação da pele. O importante é salientar que existe uma tendência de melhora da doença com a idade.
Quais são as principais dicas para manter a pele da criança saudável?
As orientações de banho são importantes, como evitar banhos longos e com água quente. O ideal é que eles sejam mais curtos, com água morna, usando apenas sabonetes neutros nas áreas de dobras. É importante enxaguar bem a pele para não deixar resíduos de produtos de limpeza. Deve-se enxugar a criança com uma toalha macia evitando esfregar a pele e logo após usar um hidratante especialmente desenvolvido para a pessoa com dermatite atópica, como o Umiditá AI. Encontrado exclusivamente em farmácias, ele não contém corantes, fragrâncias ou outras substâncias irritantes em sua fórmula. O momento do banho e do uso do hidratante é muito importante na relação de conexão entre os pais e a criança. Esse momento de relaxamento pode contribuir bastante para a melhora da doença.

Como os pais podem ajudar os filhos a enfrentarem este problema?
É sempre importante que os pais entendam como funciona a dermatite atópica, lembrando que ela é uma doença crônica, com ciclos de melhora e piora. Os pais precisam saber lidar com suas expectativas, frustrações e passar segurança para seus filhos. É essencial que você eduque e trate seu filho para que tenha uma vida como a de qualquer outra criança, seguindo as orientações do médico, sem colocá-lo em uma bolha no intuito de superprotege-lo. Isso só atrasaria o seu desenvolvimento psicoemocional e o privaria das experiências importantes e necessárias da infância (brincar, participar de festas, passeios com a escola).
 
Fonte: Pais e Filhos

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