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Produtores de Concórdia e região insatisfeitos com o processo de recuperação adotado pela extinta Globoaves

Região – Recentemente, a empresa Globoaves de Lindóia do Sul, que fechou a fábrica no município em 2017, anunciou o início da regularização do pagamento dos avicultores na região de Arabutã, Ipumirim, Concórdia, Itá e Seara.
A fábrica, que empregava 576 funcionários no município e abatia 50 mil aves/dia, entrou em recuperação judicial, com dívidas de aproximadamente R$ 600 milhões.
Um dos credores da Globoaves de Lindóia do Sul é o produtor Juliano Nardini, de linha São Marcos, interior de Seara. Ele se diz indignado com a forma com que a empresa deverá restituir a pendência financeira. Nardini relatou que passou a ser integrado da empresa em 2014. Dois anos depois, o empreendimento entrou em recuperação judicial. O produtor afirma que não recebeu o pagamento de três lotes de aves entregues.
“À época seriam quase R$ 50 mil”. Comentou que havia um acordo prévio para que o pagamento fosse feito em seis parcelas de aproximadamente R$ 8 mil cada para recebimento a partir de 5 agosto de 2016. “Mas no dia 3 de agosto eles entraram com a recuperação judicial e a partir daí ninguém recebeu mais nada”.
O avicultor contou que na semana passada foi informado que “há dois anos a empresa fez um plano de pagamento dos integrados para recebermos 30% do que tínhamos em haver à época, o que daria hoje R$ 14 mil”. E, segundo ele, com prazo inaceitável para quitação.
A reportagem entrou em contato com o advogado que defende parte dos produtores integrados da região. Luiz Henrique Bigaton, de Concórdia, informou que os pagamentos serão feitos em parcelas. Explicou que no plano de recuperação que foi aprovado, os integrados são classificados como quirografários e deverão ser os últimos a receber os valores pendentes. Acrescenta ainda que o pagamento deve ocorrer em parcelas bimestrais ou semestrais.
Com relação ao processo, esclarece que “a empresa perdeu o giro, não conseguiu mais pagar e então, entrou com o pedido de recuperação judicial”. Desta forma, o juiz recebe o pedido e nomeia uma empresa para apresentar um plano de recuperação. No caso da Globoaves, foram apresentados três planos. O primeiro foi rejeitado. Já no segundo a empresa não cumpriu o tratado. O terceiro é o que está em vigor.
Consta na ação que no caso dos credores quirografários, estes receberão o pagamento mensal de 1% do montante durante os primeiros 23 meses a contar da homologação do PRJ pela correção monetária correspondente à TR e a quitação do saldo remanescente, correspondente a 77% do montante do capital referido no 24° mês, a contar da homologação.
Luiz Henrique Bigaton destacou ainda que, quando chegar o momento do acerto com os produtores, eles receberão uma notificação do administrador da recuperação judicial para ter ciência dos detalhes do pagamento. Com relação aos prazos e valores, salientou que “só dentro do processo quando sair a manifestação do administrador da recuperação, se saberá exatamente como funcionará”.
Posição
Pelo acordo da recuperação judicial, o pagamento aos produtores pela Globoaves será feito de forma parcelada e no longo prazo. Além disso, os credores receberão apenas parte do dinheiro devido, o que gerou muita insatisfação.
Fonte: FolhaSete 

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