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Quadrilha causa prejuízo de R$ 2 milhões após roubo em empresa de Chapecó

Chapecó – Uma empresa de implementos rodoviários de Chapecó (SC), amarga um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões após um roubo registrado neste final de semana. Pelo menos quatro homens armados e encapuzados invadiram a unidade que fica às margens da SC-459, na Linha Tomazelli, no acesso ao município de Guatambu. Eles roubaram peças importadas e pneus, em seguida fugiram em uma carreta carregada com os produtos.
O delegado Elder Arruda Chaves, da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Polícia Civil de Chapecó, está investigando o crime. Segundo ele, até a noite deste domingo (24), ele ouviu os dois funcionários que foram rendidos pelos bandidos.
Segundo o delegado, eles contaram que o primeiro a ser rendido foi o vigia, por volta das 21h30 de sábado (24), quando realizava rondas pelo pátio. Em seguida, eles aguardaram a chegada do porteiro que, ao entrar nas dependências da empresa, também foi dominado, por volta das 22h15. Ambos empregados teriam ficado na mira de revólveres e pistolas. Eles foram amarrados e obrigados a permanecerem de cabeça baixa, enquanto o grupo iniciava o roubo.
Com auxílio de uma empilhadeira, os bandidos carregaram um semi-reboque, da empresa, com peças importadas da Islândia – usadas em câmaras frias – e também com pneus de caminhões.
De acordo delegado, eles usaram um cavalo mecânico do grupo para acoplar o semi-reboque e transportar a carga.
Após cerca de 8 horas do início da ação, o grupo deixou o local, por volta das 5h da madrugada de domingo. Elder não descarta a possibilidade de que neste período, eles tenham ido e voltado do Rio Grande do Sul por pelo menos três vezes, para descarregar os produtos.
A Polícia Militar foi chamada por volta das 5h30, logo após os funcionários conseguirem se desvencilhar das amarras. O aparelho de celular e o carro do vigia também foram roubados na ação.
Profissionalismo
Segundo o relato das vítimas, os criminosos usavam rádios comunicadores para manter contato entre eles. Além disso, no local havia um dos homens que chefiava a ação. “As vítimas contaram que tinha um chefão pelo rádio dando as ordens do que eles [o grupo] tinham que fazer”, disse Elder. Elas também afirma que viram apenas quatro pessoas, mas o delegado não descarta a possibilidade do envolvimento de pelo menos 10 homens.
O grupo usou um óleo para limpar os locais onde tiveram contato, a fim de não deixarem digitais, apesar de estarem usando luvas no momento do crime. Com isso, o Instituto Geral de Perícias (IGP) não conseguiu colher materiais genéticos na empresa.
Sem imagens
Elder afirma que há vários pontos à serem esclarecidos, mas um dos principais é a falta de imagens, pois as câmeras de segurança do empreendimento não estariam ligadas no momento do roubo. “Há cerca de 20 câmeras de monitoramento e nenhuma estava funcionando. Não gravou nada. Essas imagens são armazenadas por duas empresas do Rio Grande do Sul”, disse o delegado, que também vai ouvir os representantes destes estabelecimentos.
Fuga
Segundo Élder, os bandidos tiveram o cuidado de transitarem por ruas onde não há grande quantidade de câmeras de videomonitoramento. O delegado não descarta a possibilidade de que eles tenham fugido para o Rio Grande do Sul, pois uma das vítimas disse que o sotaque de um deles era gaúcho.
Elder enfatiza que o grupo criminoso não é de Chapecó.
A investigação é coordenada pela DRF. Outras pessoas serão ouvidas e imagens de rodovias estaduais e federais serão colhidas para tentar identificar a rota de fuga do grupo. O prejuízo está avaliado entre R$ 1,5 a R$ 2 milhões. (Clic RDC)

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